A vida de revendedor de combustíveis no Brasil nunca foi fácil, mas a impressão que fica é que não existe nada tão ruim que não possa piorar. O mês de fevereiro foi uma prova disso, em plena pandemia, em condições comerciais nada normais, os revendedores ainda tiveram que conviver com os significativos (e consecutivos) acréscimos […]
Passamos há pouco pela paralisação dos caminhoneiros nas estradas e de fornecimento inconstante de combustíveis. E uma das lições que tiramos foi a de que é preciso redobrar os cuidados com o ciclo de caixa. Muitos postos estão com as operações totalmente paralisadas, sem combustíveis nos tanques e a demanda não atendida vai crescendo frente ao desespero dos consumidores.
A última semana foi marcada por uma paralisação de caminhoneiros que marcou a história desse país e certamente será lembrada por muitos anos. Mas, ao observar aquilo que todos veem como o final desse movimento, fico muito preocupado com o que ainda está por vir. Basicamente estou me referindo a um dos tópicos de discussão que motivou o fim da paralisação: a exigência dos caminhoneiros ao governo de fazer chegar às bombas uma redução de 46 centavos no preço do diesel.
Não é raro observar postos muito próximos uns dos outros em qualquer cidade do Brasil, mas quais são os motivos dessa estratégia? À primeira vista poderíamos pensar que faria mais sentido se os postos fossem melhor distribuídos geograficamente. Mas vou explicar quais os motivos dos postos se localizarem tão perto uns dos outros.
O Brasil é um país de contradições. Com tantas irresponsabilidades e problemas institucionais de toda ordem não aceita amadorismo de seus empreendedores, pelo contrário, bate muito forte, se esforça para torná-los menos competitivos e, ainda assim, como uma mistura de coragem e um pouco de loucura.