2017 não teve um bom começo, mas terminou bem e muito provavelmente 2018 será de um crescimento mais estável. Um bom sinal para o setor de revenda e momento para pensar em modernizar o seu negócio.
Muito mais do que um negócio. É assim que as empresas familiares são encaradas pelos seus proprietários. Às vezes, ela se confunde com o lar, quase que uma extensão da família dos envolvidos. Prova disso é que as empresas geridas por famílias não são vendidas fácil para estranhos, certo? Realmente elas são muito resistentes.
Ao voltar da capital para o interior em 2009, me deparei com alguns desafios e queria entender mais sobre o setor de revenda, setor que minha família atua. O posto sempre foi nosso ganha pão e passei a vida toda abastecendo carros, mas sabia pouco de lubrificantes e lava-jato. Era hora de ir a fundo e entender como criar um novo negócio rentável dentro de nossa estrutura já existente.
Meu avô iniciou um Posto Petrobras em Santa Maria de Itabira, MG, no ano de 1973. Uma cidade pequena e que tinha no comércio a principal economia da cidade, às margens da estrada que cortava o município. O Posto Pires, de meu avô, se localizava nessa via e esse comércio foi a base de sustento para os filhos e o pilar de novos negócios para a terceira geração da família. A cidade se construiu ao redor desse próspero posto, local central do pequeno vilarejo que hoje tem 10.000 habitantes.
Todo revendedor tem muito receio, medo e cuidado em relação ao envio de valores para o cofre do posto. O posto de combustível é um estabelecimento muito visado por bandidos, pelo alto valor em dinheiro que possui. Há aproximadamente 10 anos, contratamos para nossos postos uma empresa especializada em envio de valores via tubo de PVC, no modelo pneumático, popularmente conhecido como transporte de valores a vácuo, reduzindo assim o acúmulo de grandes quantias em dinheiro na pista.
A revenda brasileira deveria receber um prêmio por sua teimosia. Convive diariamente com uma burocracia absurda, legislações confusas, concorrência desleal, fornecedores agressivos, criminalidade crescente, baixa produtividade de seus colaboradores, margens apertadas, custos crescentes, entre outros problemas. Mas o maior de todos os perigos é ainda ser considerado como vilão de toda esta cadeia, acusado de colaborar com a manipulação de preços.
Desde que teve início a nova política de preços pela Petrobras, com alterações diárias de preços dos combustíveis, a revenda vem sofrendo para se adequar. Neste post apresento os 5 principais reflexos negativos que observo desde então.
2018 começou difícil para nosso setor de revenda em Minas: aumento de R$ 0,16 em média no litro da gasolina e R$ 0,10 no de etanol. O aumento da alíquota de tais produtos foi de 2% em cada, passando a gasolina para 33% e Etanol para 16%. Um absurdo isso, uma das maiores alíquotas de ICMS do país.