A pandemia continua, infelizmente, mas os efeitos nas baixas vendas de combustíveis diminuiu, ainda bem! O revendedor merece um prêmio pela sua bravura, ele segurou o rojão enquanto alguns especialistas da covid-19 diziam que não sobreviveriam nem 45 dias. E ainda tem as distribuidoras, que aproveitam da dificuldade do revendedor de combustíveis.
Segundo os indicadores coletados dos clientes ClubPetro, a queda geral atual é -14,52%, mas se olharmos somente a venda de Óleo Diesel, os números são mais animadores, -0,15%. O mercado de rodovia voltou aos números apresentados em março e segue puxando o mercado de combustíveis para cima.
Leia também: Ranking de Bandeiras no Brasil
Neste momento de dificuldades, quando uns mostram fraqueza, os mais fortes se aproveitam, é o mercado. E é o que podemos notar em junho. Contrariando a tendência dos últimos meses, o mercado de postos bandeirados foi positivo, as distribuidoras aproveitaram o momento de dificuldade dos revendedores com problemas de caixa e negociaram contratos de fornecimento. A Ipiranga liderou o embandeiramento com 23 novos postos, a Raízen com 22, e a Petrobrás com 3 novos entrantes. A Ale subiu 2 novos postos, enquanto as bandeiras regionais sofreram mais e perderam 15 postos.
Pela primeira vez nos últimos meses vimos o comportamento migratório negativo para os postos Bandeira Branca. Enquanto 111 postos bandeirados retiraram a bandeira, outros 119 “desbandeirados” assinaram contratos de exclusividade com as distribuidoras. O saldo negativo foi de 8 postos independentes a menos.
Leia também: Veja porque os postos Bandeira Branca estão ganhando a confiança do consumidor!
Mas quando observa-se os novos CNPJs na ANP, vimos que os postos “bandeira branca” continuaram com a preferência, mesmo na crise. Foram 185 novos postos cadastrados na ANP nesse mês, onde os “bandeira branca” representaram 64,8%, ou 120 postos e apenas 31 CNPJs desta categoria fecharam as portas, com saldo positivo de 89.
O revendedor é resiliente, lutador , está sobrevivendo e se adequou à realidade. No passado, o indicador mais importante era o volume, hoje já não é mais, durante o período da covid-19, o que vale é a última linha do DRE.