Diante da guerra de lobbys buscando a defesa de interesses de grupos, a ANP encerrou, no último dia 24, mais uma audiência pública sobre o tema: “Não proibir a venda direta de etanol hidratado das usinas aos postos”.
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Já é uma série de idas e vindas entre audiências, desde que a própria ANP afirmou, no ano passado, que a liberação abriria a possibilidade de um canal com menos um player e que esta não proibição seria importante para a defesa da concorrência.
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Porém, ao final desta última audiência, a Anp diz já ter a solução, que continua não proibindo a venda direta, mas cria um outro agente ou melhor, outra distribuidora ” vinculada”.
Com isso a Agência comprova a máxima de que não existe fórmula para “agradar gregos e troianos”, além de mais uma vez não dar atenção às recomendações de órgãos de defesa do consumidor e nem ao Presidente da Republica.
Assim o órgão regulador propõe a criação de mais uma distribuidora no mercado, a chamada distribuidora “vinculada”, que nem eventuais créditos fiscais da usina vinculada poderá usar, pois serão CNPJs diferentes.