A Glencore compra a Ale, o grupo suíço assinou na última sexta-feira, 29, o contrato de aquisição de 78% do capital da distribuidora de combustíveis Alesat, dona da rede de postos Ale, com sede em Minas Gerais.
Os vendedores foram o grupo Asamar, de Minas, que se desfez de toda a participação de 50% na Alesat; o fundo de investimentos Darby, que detinha 18%; e Marcelo Alecrim, que vendeu 10%.
Alecrim, o atual presidente, manteve 22% das ações e foi nomeado presidente-executivo do conselho de administração da Alesat. A entrada do grupo suíço pode ser boa para o mercado, já que a Ale necessitava de investimentos e o grupo Asamar, que detinha 50% das ações, queria a venda a todo custo.
A manutenção de Marcelo Alecrim como presidente é uma ótima notícia para o mercado, para nós revendedores, ele é uma referência e se houver um grande investimento por parte do grupo Glencore, teremos no comando alguém que entende do mercado e que vive o dia a dia da revenda no Brasil.
Quando a Glencore chegou à mesa de negociações, o nome causou estranheza, pois trata-se de uma grande trading de commodities, com destaque para petróleo, e uma referência no setor de mineração. O mercado de distribuição e varejo também começou a entrar no radar da empresa no ano passado.
A companhia suíça fez uma joint-venture no México, há pouco mais de um ano, com a Corporacion G500, uma associação de donos de postos e serviços e já conta com 130 revendedores. A rede tem o nome de G500 e fornecerá combustível, marca e serviços de varejo, com objetivo de ser líder em distribuição e comercialização de combustíveis no México.
Veremos os próximos capítulos dos objetivos da Glencore no Brasil, mas a esperança é de que tudo melhore, já que a revenda passa um dos piores momentos da história.