Desde o último sábado, 1 de setembro, começaram a circular em redes sociais e aplicativos de mensagens, notícias de uma nova greve dos caminhoneiros, após a UDC (União dos Caminhoneiros do Brasil), entidade da categoria, afirmar uma nova paralisação após o feriado de 7 de setembro.
Um dos motivos para uma nova paralisação seria o não cumprimento da promessa feita pelo Governo Federal em relação ao preço do óleo diesel, que na última sexta-feira, teve um aumento de 13%.
Em maio, os caminhoneiros desligaram seus motores e comprometeram os abastecimentos de combustíveis e, como consequência, diversos setores da economia foram afetados, como transporte público, itens básicos em supermercados, entre outros.
Passados quase quatro meses, a possibilidade de uma nova greve de caminhoneiros gerou um grande movimento nos postos de combustíveis neste domingo. Apesar de as notícias indicarem a previsão de paralisação para após o feriado de independência, a população, perdida com as informações recebidas, acreditaram em uma possível greve que iniciaria ainda hoje.
É um reflexo do nosso cenário econômico atual, de instabilidade e decisões impensadas dos governantes. Acredito que a melhor decisão seria definir um plano com reajustes semanais para “amenizar” os ânimos de todos os envolvidos. Como isso não foi feito, os revendedores repassaram na bomba os quase 15% de aumento, e o reflexo veio em seguida.
Segundo os sindicatos de caminhoneiros a greve pode sim acontecer, caso os governantes não alterem rapidamente a tabela de fretes. Eles sabem de sua força e podem novamente parar o Brasil.
A população, que na greve de maio sentiu os efeitos negativos do desabastecimento, foi neste último domingo aos postos, gerando uma grande correria e desespero em algumas cidades. Belo Horizonte amanheceu na segunda-feira praticamente sem combustível, mesmo a greve sendo desmentida pelos sindicatos para essa semana.
E nós, revendedores, fomos pegos de surpresa, com estoque baixo, poucos funcionários para atender à demanda de clientes e ajudando na pista, além da dúvida se conseguiremos ou não combustíveis para os próximos dias.