Ontem, 13 de janeiro, o Minaspetro, Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Combustíveis de Petróleo de MG, divulgou uma Nota de Repúdio ao Presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, que, em entrevista ao Valor Econômico, afirmou que “os postos são lentos no repasse das quedas dos preços dos combustíveis para os consumidores”.
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Leia na íntegra a Nota divulgada pelo Minaspetro.
Belo Horizonte, 13 de janeiro de 2021
“Infelizmente, pela segunda vez, o Presidente da Petrobrás passa uma informação incompleta e incorreta ao mercado, jogando mais uma vez a culpa dos aumentos dos combustíveis aos revendedores. Esqueceu, mais uma vez, que nesta cadeia entre poço e posto, existe o papel das distribuidoras, usinas de biocombustíveis (etanol e biodiesel) e
PRINCIPALMENTE da complexa carga tributária que não acompanha, na mesma velocidade, as variações de preços anunciadas pela Companhia.
Até quando os revendedores serão tratados como vilões?
No período analisado pelo Sr. Roberto Castelo Branco, o Brasil enfrentava a COVID, com severas restrições nas principais cidades do Brasil, e os postos Sr. Branco, continuaram a funcionar, sem ter o cliente, amargando quedas de até 70% nas vendas, mas prestando um serviço essencial à população brasileira como deve ser. Como economista, o Sr. deveria saber que o equilíbrio financeiro de uma empresa é definido pela equação:
(margem x volume) – custos.
Além disso, vale salientar que o mercado de combustíveis é extremamente competitivo, e os postos trabalham com margens baixíssimas. Os tributos correspondem à quase 50% dos preços finais dos combustíveis no Brasil e, para efeitos de comparação o lucro da Petrobrás no ano de 2019, sozinho, foi maior do que a soma do lucro de todos os 44.000 postos de combustíveis do Brasil.
A culpa dos preços dos combustíveis é de quem mesmo, Sr. Castelo Branco?”