Após o término da eleição presidencial, são evidenciados os grandes desafios que Jair Bolsonaro certamente terá que enfrentar. A capacidade de executar reformas essenciais será crucial para o futuro da economia, direcionada por Paulo Guedes, que ressalta propostas liberais. O Governo Bolsonaro não deixou claro quais reformas irá priorizar para os próximos anos para o setor de combustíveis, mas levantei as principais propostas e impactos esperados para a revenda.
• Bolsonaro já defendeu que os preços praticados pela Petrobras devem seguir mercados internacionais, assim a empresa pode se beneficiar com a manutenção da política de preços, já que esta vai continuar assegurando o repasse dos preços de petróleo e câmbio. No entanto, deve se destacar a postura de Bolsonaro ao defender que flutuações de curto prazo devem ser reduzidas com hedges.
Impacto esperado: o revendedor brasileiro conhece bem o efeito da nova política de preços da Petrobras, resta saber quais serão as regras e como os hedges irão promover um sistema capaz de amortecer grandes oscilações com sustentabilidade para todos os agentes envolvidos.
• Defendeu a privatização do segmento de refino da Petrobras visando combater problemas de definição de preços e monopólio.
Impacto: existe uma expectativa de aumento da competitividade associada ao refino da Petrobras com a privatização, fica a esperança que a promoção se estenda para a redução de custos da operação e do produto final.
• Bolsonaro criticou a elevada tributação de combustíveis, principalmente o ICMS.
Impacto sobre a revenda: no entanto, o maior problema está na esfera estadual (ICMS), que deve ser negociada com os governadores. Aqui se encontra um viés complicado, com estados quebrados, Bolsonaro não terá vida fácil com essa negociação. Sem a redução do ICMS dificilmente teremos um impacto relevante sobre preços com origem tributária.
Assim, fica o revendedor brasileiro com a esperança por dias melhores, por ora é preciso ficar atento, somente com a transição de governo teremos condições de saber o que será implementado no Brasil a partir de janeiro, já que a discussão de propostas não foi o forte desta campanha eleitoral.