Na semana passada, A Rede, credenciadora de cartões do banco Itaú, anunciou que aplicará política de taxa zero para antecipação de recebíveis de clientes com domicílio bancário do Itaú, declarando uma verdadeira “guerra das maquininhas”. As ações de empresas como Stone, Pagseguro e Cielo despencaram de imediato.
Logo após o anúncio, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) instaurou um processo contra o Itaú e a Rede. O banco e a empresa de pagamento eletrônico são acusados de terem realizado uma venda casada, proibida por lei.
Empresas como Pagseguro e Safrapay começaram a se posicionar no mesmo sentido abrindo mão de uma das principais fontes de receita. A novidade poderá impactar, e muito, o cenário das pequenas e médias empresas, incluindo nós revendedores.
Nos postos de combustíveis, um dos principais custos administrativos está relacionado às taxas de adquirência, que em média giram em torno de 1,3% para transações de débito e 1,8% para transações de crédito. Taxas que a princípio podem parecer baixas se comparadas aos outros setores varejistas, porém transacionadas sobre um volume altíssimo, são capazes de acabar com a rentabilidade do negócio.
O fluxo de recebimento das vendas nos cartões de crédito em 30 dias enforca o capital de giro do revendedor que não tem a mesma condição de prazo de pagamento com as distribuidoras, que acaba aderindo muitas vezes à antecipação de recebíveis com taxas abusivas que são maiores do que a própria margem dos produtos.
Além disso, o recebimento da venda do volume de combustível de 30 dias atrás não acompanha o reajuste do custo dos combustíveis que é repassado ao revendedor nesse período de tempo, ou seja, com os recebíveis de hoje é impossível manter o mesmo valor de estoque.
O revendedor nesse momento precisa estar atento à essa movimentação do mercado, correndo atrás de condições melhores com suas parceiras de adquirência e negociando melhores taxas.
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