Na última semana participei do 12º Foro de Grifos e Estaciones de Servicios, em Lima, Peru. Um evento exclusivo para revendedores e profissionais do setor de combustíveis e foi uma experiência incrível. No texto de hoje, falo sobre o funcionamento da infraestrutura logística, tendências, realidades, dificuldades e um comparativo com a revenda brasileira.
Apresentei a realidade e as tendências do mercado brasileiro, o crescente número de postos Bandeira Branca e a situação crítica que se encontra a maioria dos revendedores em nosso país.
Houve também um debate com representante mexicano, que mostrou graficamente o quanto os furtos de combustível direto no duto das distribuidoras se transformaram em um enorme problema no México. No último ano o México teve quase 13.000 casos de furtos clandestinos em dutos, ocasionando uma enorme explosão e causando dezenas de mortes. O Peru também convive com esse problema, mas em escala muito menor.
Visitei postos na capital peruana, as distribuidoras líderes são Repsol, Primax e Petroperu. A quantidade de tipos de gasolina impressiona e é um consenso que esta grande variedade precisa acabar. Oferecem gasolinas de 98, 95, 90 e 84 hoctanes que são vendidas na medida de galão. Além disso, comercializam Diesel S50, GNV e GLP.
Assim como no Brasil, no Peru também não é liberado o autosserviço. Os postos que visitei trabalham muito bem as lojas de conveniência e com forte abordagem dos frentistas na promoção das vendas. O mercado é verticalizado mas isso não se transformou num problema para a revenda, onde mais de 50% são de postos independentes e convivem com uma margem média de 14 a 15%, mesmo com a verticalização.
Os revendedores peruanos não se matam com margens baixíssimas como os brasileiros. Está na hora dos revendedores brasileiros se qualificarem e começarem a fazer conta até quanto é viável vender barato.