Nas últimas semanas abordamos temas relacionados à Gestão de Postos de Combustíveis. Hoje, vamos falar sobre a importância de Planejar a Sucessão em Empresas Familiares.
No sentido de reforçar a necessidade da utilização de ferramentas de gestão nas empresas, apresentamos a seguir três pesquisas que foram publicadas na mídia e que tratam deste tema:
- Uma pesquisa realizada pela consultoria Falconi aborda a existência de fragilidade na gestão das médias empresas no Brasil. De acordo com a pesquisa, “apenas 10% das empresas declararam ter uma estratégia bem definida para os próximos três a cinco anos, com visão, missão, objetivos e metas definidas para o desenvolvimento do negócio”. A pesquisa ainda afirma que a ausência de uma gestão bem definida aumenta as dificuldades das empresas na retomada gradual da atividade econômica.
- Já a Consultoria PwC, afirma que 75% das empresas familiares no Brasil fecham após serem sucedidas pelos herdeiros. De acordo com a presente pesquisa, como 90% das empresas brasileiras são familiares segundo o IBGE, apenas 7 em cada 100 empresas brasileiras chegam à terceira geração.
- Outro estudo, agora realizado pela Strategos Consultoria3, afirma que um dos motivos por que muitas empresas familiares fracassam é a ausência de um planejamento estratégico e de um processo de sucessão bem definido.
Sendo assim, de acordo com as pesquisas citadas acima, ainda é baixo o número de empresas brasileiras, principalmente as Pequenas e Médias Empresas (PMEs), que utilizam ferramentas gerenciais para auxiliarem no processo de tomada de decisão.
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Dentre estas ferramentas de gestão, no caso de empresas familiares, o Planejamento Sucessório é uma das ferramentas importantes para que a empresa e o patrimônio familiar sejam assegurados após a saída do patriarca da gestão dos negócios.
No entanto, como a maioria dos patriarcas não passaram por um processo sucessório, não sabem como fazê-lo. Além disso, para muitos deles, a continuidade dos negócios deve ser designada aos herdeiros. Portanto, estes nem possuem conhecimento do negócio familiar para assumirem o comando da empresa. É importante que haja uma antecipação desta decisão para que seja selecionado o herdeiro que tenha conhecimento e esteja preparado para assumir o cargo.
Caso não haja herdeiro que esteja preparado ou que não tenha interesse para assumir os negócios, a família poderá contratar um gestor para assumir a direção dos negócios e ficar na retaguarda, a partir da composição de um conselho gestor, que dará o encaminhamento necessário para a execução da gestão. Em muitos casos, esta alternativa é interessante. Inclusive, proporciona maior segurança aos herdeiros, diminui os problemas de relacionamentos que geralmente ocorrem quando há mais de um familiar para assumir a posição de gestor.
Como este processo de planejamento sucessório não é simples e precisa ser iniciado o quanto antes, é indicado que os gestores elaborem uma estrutura gerencial mínima no sentido de facilitar o caminho para sua substituição.
O ideal é que seja contratado um profissional da área de controladoria que deverá elaborar um planejamento estratégico, definir missão, visão e valores da empresa, construir um planejamento orçamentário e plano de ação. Além disso, este profissional contribuirá com a gestão financeira do negócio, analisando o fluxo de caixa, a gestão do capital de giro, a viabilidade dos investimentos, o custo de capital, dentre outras informações necessárias.
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Sendo assim, reforçamos que os gestores precisam enxergar este processo sucessório como uma importante medida para assegurar a continuidade da empresa e o patrimônio da família. Refere-se a investimento de tempo e de recurso, e não de gasto.
Desejamos sucesso nos negócios!!!