Nessa semana voltei a participar de um congresso regional para revendedores, na cidade de Uberlândia/MG. Foi ótimo ver que tudo está voltando ao normal e os revendedores ansiosos para assimilar conteúdos e discutir o futuro da revenda. O momento atual necessita de discussões sobre o futuro do nosso negócio.
É triste, mas preciso relatar aqui que a Vibra e Ipiranga não estiveram presentes nesse evento que contou com mais de 500 revendedores. É incrível como não valorizam os revendedores, principalmente no momento deles, num congresso da categoria. Tínhamos centenas de pequenos revendedores que gostariam de discutir e ser ouvidos, um absurdo a falta de consideração e apoio ao revendedor. Que isso não se repita nos próximos.
Um dos temas mais debatidos durante o congresso foi a possibilidade do autosserviço nos postos de combustíveis. O Grupo Mime, de SC, vem travando uma batalha judicial em nome de todos revendedores e abrindo uma janela de inovação para todos nós.
Eu, particularmente, fiquei extremamente decepcionado com a decisão judicial que suspendeu a conquista anterior para o autosserviço, uma vez que o bloqueio à inovação nos trás um sentimento de impotência e a certeza que estamos ficando para trás num Brasil que vive do passado.
Gostaria de descrever melhor tal sentimento com uma história que assisti do Palestrante Arthur Igreja, no evento sindical do Minaspetro, em Uberlândia, a qual me conectei profundamente. Leia com atenção e compare o nosso segmento, reflita o nosso atraso.
Vamos voltar no tempo, mais precisamente em 1968, nos Jogos Olímpicos da Cidade do México. Um grande evento mundial que reuniu milhares de pessoas em torno de competições das mais diversas modalidades de esportes. Agora, imagine estar prestes a testemunhar, não apenas o estabelecimento de um recorde olímpico, mas também a completa revolução de um esporte, tudo isso com gestão da inovação?
É essa sensação de surpresa e inspiração que Dick Fosbury, atleta norte-americano de salto em altura, causou em mais de 80 mil pessoas que o olhavam de seus assentos no estádio Olímpico da Cidade do México, durante aqueles Jogos Olímpicos.
Ele havia desenvolvido uma nova técnica. Ao invés de pular da maneira convencional, com o rosto voltado para a barra, Dick Fosbury girou o corpo, arqueando as costas e passando por cima da barra enquanto pousava em meio a um colchão de espumas. A técnica do pequeno Dick Fosbury é conhecida como “estilo Fosbury” e mudou toda a história da modalidade.
Assim como todas as ideias disruptivas, o novo estilo de Fosbury foi criticado. Um jornal local disse que ele parecia “um peixe caindo no barco”, enquanto outro o chamava de “o saltador mais preguiçoso do mundo”, publicando uma foto dele deslizando para trás da barra.
Quando os jogos terminaram, Fosbury não apenas havia estabelecido um novo recorde olímpico ao saltar 2,24 metros, mas também tinha mudado toda a filosofia do esporte. Seus adversários se uniram e tentaram desclassificá-lo por vários motivos, mas depois entenderam que tal salto era uma revolução, tanto que nos jogos olímpicos seguintes todos os atletas aderiram a tal técnica.
De antemão, o sucesso do atleta ocorreu durante um período em que o ambiente do esporte havia mudado, mas todos ainda seguiam velhos padrões de comportamento.
Para exemplificar, vamos usar a relação dos carros de aplicativos com os taxistas. Durante décadas, os táxis eram a maneira padrão de se locomover pelas cidades com mais conforto e segurança. Em algum momento, os telefones celulares e o acesso constante à internet tornaram-se a norma em nossas vidas diárias, mas todos continuaram sinalizando para os taxistas e pagando por eles à moda antiga.
Então, um dia, a Uber apareceu e disse: “Use seu telefone para solicitar um carro, nós o buscaremos onde você estiver e você poderá pagar facilmente através do telefone”.
Pense bem nisso: nós, revendedores, temos a oportunidade de discutir a aplicação do autosserviço em nossos postos, devemos incentivar e colocar em prática a inovação. Em outras palavras, o ambiente mudou no mundo todo, menos aqui, em nosso mercado. Nosso comportamento permanece o mesmo, parece que não queremos evoluir. Estamos parecendo os taxistas que foram engolidos pela Uber. Saia da zona de conforto e procure abrir as portas para as novidades. Se interesse e busque sair na frente.
Através do ClubPetro, buscamos, há anos, abrir a cabeça dos revendedores e mostrar que a tecnologia pode trazer resultados incríveis nesse segmento, de certa forma, tão rudimentar. Conheça nossas soluções e agende uma reunião.
Um abraço!