O assunto autosserviço voltou com força. O Deputado Vinicius Poit do Partido Novo de SP, despachou no dia 24/5/2019 o Projeto de Lei 2302/2019, que permite o funcionamento de bombas de autosserviço no posto de combustíveis, ou seja, operadas pelo próprio consumidor.
Em minha opinião, a aprovação deste projeto é uma tendência natural, evolutiva do setor, e já estamos há décadas atrasados. Por que supermercados podem ter caixas de autoatendimento e o posto não? É comum hoje, nos grandes centros, supermercados com um percentual dos caixas com autoatendimento.
O autosserviço não vai acabar emprego dos bons frentistas, aqueles que prestam um bom atendimento. O estabelecimento que é conceituado como um local que presta um bom atendimento ao consumidor pode ficar tranquilo, uma grande parte dos clientes são comodistas, preferem pagar um pouco a mais por um bom atendimento, valorizam isso e muito.
Já aqueles postos que só vendem preço e o frentista é um “quase robô”, podem colocar a barba de molho…. vai diminuir o custo da mão de obra sim, mas a tendência é ser ainda mais competitivo em relação ao preço de venda, pois se você só vende preço, por que o cliente vai ao seu posto a não ser pelo preço?
Temos que parar de sofrer com isso, parar de preocupar com aprovação ou não desta lei, já ouvi muitos debates sobre o assunto. É de certa forma estranho ouvir os empresários falarem de falta de inovação no segmento, que o Brasil esta atrasado, que na Europa e EUA o mercado é diferente… enfim, vamos então aceitar as mudanças e prestar o melhor serviço. Ou vocês acham que a proteção do emprego é a melhor solução? Estamos sofrendo com isso há décadas, temos que buscar a evolução, doa ela a quem doer.
Os bancos fizeram isso há anos, conseguiram repassar funções muito mais trabalhosas para os clientes. Queremos um país melhor, mais moderno e que o governo não nos atrapalhe, não podemos temer mudanças como essas, que certamente virão e nos adaptaremos. Em pouco tempo iremos pensar como era o mercado no passado, onde achávamos que os clientes não iriam abastecer o próprio carro.