O uso do combustível ideal deve ser indicado pela montadora do veículo, mais precisamente em seu manual. Apesar de ser uma indicação importante para que o condutor possa prolongar o tempo de uso de seu veículo, aumentando sua preservação, a fama da gasolina aditivada ainda atrai muitos motoristas e provoca surpresa de muitos quando as montadoras recomendam a gasolina comum como melhor opção de abastecimento.
A surpresa se justifica. Afinal, a gasolina aditivada, ao menos na teoria, promove a conservação do motor devido à presença das substâncias que dão nome ao produto, ou seja: os aditivos.
Se é esse o cenário, por que as montadoras fazem uma indicação tão firme e precisa, sob a forma de uma escolha definitiva pela gasolina comum a título de sugestão para seus clientes? A razão está na segurança dessa alternativa frente às alternativas de gasolina aditivada fornecidas pelo mercado brasileiro. Ou, mais precisamente, diante de uma suposta falta de mecanismos que aumentem o nível de segurança deste produto.
No Brasil, o órgão que trata da padronização, fiscalização e controle de qualidade dos combustíveis disponíveis para oferta no mercado brasileiro, a Agência Nacional de Petróleo (ANP), fiscaliza a gasolina. Contudo, não existe qualquer política de controle de qualidade e estabelecimento de padrões quanto à natureza, quantidade ou qualidade do tipo de aditivos adicionados ao combustível, mesmo que este tenha passado pelo crivo da agência, para resultar na gasolina aditivada.
Assim, a partir do momento em que a gasolina sai da refinaria, seu tratamento por meio de produtos destinados a transformá-la no seu similar aditivado é de total escolha e tomada de decisão de distribuidoras e até mesmo de redes de postos de combustíveis.
Portanto, quem compra gasolina aditivada deve estar atento à forma como a mistura é feita, e que tipo de produtos são misturados. O maior problema é que os fabricantes de gasolina aditivada não trazem essas informações em suas operações de venda e, quando trazem, apresentam-nas de forma a confundir mais que esclarecer o consumidor.
Técnicos da área afirmam, por exemplo, que uma mistura desequilibrada entre as duas principais categorias de aditivos, dispersantes e detergentes, pode ajudar a comprometer a saúde dos motores em vez de favorecer sua conservação. Resultado: o consumidor paga por um produto mais caro pensando que terá melhorias de desempenho e preservação do veículo quando, na verdade, está contratando uma rápida visita ao mecânico.
Nesse sentido, o maior aliado do motorista é a revenda. A adoção, pelo posto de combustível, de uma estratégia de venda de gasolina aditivada que venha a melhorar o nível de informação do consumidor, no sentido de ele ter a exata noção do produto que está adquirindo, pode se tornar uma preciosa ferramenta de fidelização de clientes.
Para que se consiga um nível de qualidade satisfatória uma vez que a revenda decida por essa estratégia, é necessário obter, junto à distribuidora, um quadro eficaz de informações, as quais devem ser repassadas ao cliente. No caso de os aditivos serem oferecidos pela própria rede de postos, essa estratégia é facilitada. No repasse das informações, o cliente deve ser devidamente informado, de maneira clara e objetiva, que produto está comprando, o que cada componente proporciona para o motor de seu veículo e os resultados esperados.
A partir dessa estratégia de vendas, o cliente desenvolverá um comportamento de fidelidade à marca do revendedor, pois no local ele saberá que utiliza um combustível o qual, a despeito de ser mais claro que a gasolina comum, vai lhe proporcionar exatamente o que lhe foi informado. Vai se gerar, assim, a principal receita para a elaboração de um plantel de clientes fiéis: a confiança.
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