O posto de combustíveis do futuro seria aquele onde o combustível pode ser reabastecido de uma maneira mais sofisticada e, além disso, de modo autônomo, num mercado verticalizado.
Veículos conectados, aplicativos e economia colaborativa entram no setor de comercialização de combustíveis. Na próxima década, os postos de combustíveis terão que responder às novas necessidades de veículos elétricos, híbridos, autônomos e compartilhados. O mercado de combustíveis passará por uma mudança profunda no Brasil, onde será aprovado o autosserviço e o mercado será verticalizado.
A Petrobras tem um portfólio de oportunidades no pré-sal, com rentabilidade muito superior aos projetos de refino. A estatal irá abrir o mercado de refino para leilão entre os players entrantes e focar somente na exploração. A entrada de grandes players no mercado brasileiro no ano passado, irá continuar em 2019 com a aquisição de distribuidoras menores e a privatização da BR Distribuidora.
A tendência é a verticalização do mercado, onde as distribuidoras irão aproveitar o péssimo momento da revenda e adquirir centenas, milhares de postos Brasil afora. Os postos Bandeira Branca perderão força, que terão dificuldades de compra de combustíveis, já que as distribuidoras atuarão na venda direta do combustível.
O modelo de contrato de fornecimento de combustível será mais flexível e os postos sem bandeira terão a oportunidade de voltar ao mercado de bandeirados num mercado mais homogêneo. As distribuidoras irão oferecer a garantia de abastecimento num mercado mais estruturado e onde sobreviverão os melhores gestores.
Os postos de combustíveis passarão por um processo de digitalização que permitirá a comunicação direta com o próprio carro, bem como com motoristas e consumidores. Estão sendo desenvolvidos diferentes processos disruptivos que modificam a relação posto de combustíveis-cliente-carro e, portanto, o modelo de negócios dos postos precisam começar a se adaptar a essa nova realidade. Desde já os postos precisam estruturar seu Big Data, através de softwares de fidelidade, onde identificarão cada cliente.
A demanda por gasolina começou a desacelerar nos países mais desenvolvidos e a tendência é que continue. Nos próximos anos, os revendedores que anteciparem a mudança terão uma importante vantagem competitiva.
Em breve será criado um ecossistema no qual o motorista ficará em segundo plano, enquanto postos e carros se comunicarão entre si para selecionar o combustível preferido do motorista, reabastecer sem estar envolvido no processo. O gerenciamento do pagamento será por meio de aplicativos integrados nos respectivos sistemas.
As mudanças podem ir além dos serviços oferecidos pelos postos, impactando também na forma como são utilizados. O horário de pico da atividade em um posto de combustíveis será de madrugada, quando os veículos autônomos se reabastecerão automaticamente, para atenderem as rotas fornecidas pelos motoristas no dia seguinte. Além disso, o reabastecimento pode não ocorrer em postos, já que os clientes poderão solicitar que seu pedido seja enviado para o estacionamento de seu escritório. O revendedor irá investir em delivery de meios de abastecimento.
Por outro lado, o posto de combustíveis do futuro terá que refletir a diversidade de seus clientes. A crescente popularidade dos veículos híbridos e elétricos incentivará os postos de serviço a terem estações de recarga, como já é o caso em alguns países europeus, e estarão preparados para atender à crescente demanda.
Quanto ao futuro, espera-se que em breve os veículos estejam equipados com conectividade suficiente à internet para que possam recomendar seus motoristas onde reabastecer, bem como fazer o pagamento diretamente.
Ao arriscar utilizar o termo ‘’futuro’’ temos que considerar, naturalmente, todas as incertezas sofre a ocorrência dos fatos e deixar claro que esse texto é uma opinião minha, através de estudos e tendências . Por isso pergunto, e para você? Como será o futuro dos postos e do mercado varejista de combustíveis?