Como consultora de lojas de conveniência, tive o prazer em atuar em quinze ricos estados brasileiros que me ensinaram muito sobre regionalismo.
Todo proprietário gosta de agradar o seu cliente, pois é fato: todo cliente feliz gasta mais, retorna e até indica a sua loja. Pensando assim, cada um do seu jeito faz da sua loja o melhor que é possível: planeja móveis para ter um bom aproveitamento de espaço, escolhe geladeiras potentes para a bebida estar sempre gelada, escolhe uma equipe simpática e abastece bem. Mas abastece bem com o quê?
Você: “- Ah, com os produtos que todo mundo conhece, que tem maior giro”.
Eu: “Ok. E fora os produtos comuns, você coloca aqueles produtos que só têm no seu estado? Ou melhor, na sua região?”
Pois bem, colocar produtos regionais é sem dúvida um super diferencial. Mas não se engane pensando que precisa ser o mais barato. Quando falamos de regionalismo, precisamos oferecer o que há de melhor, independente do valor. Tem que ser aquele produto que, quando o cliente encontra, arregala o olho e chama a outra pessoa que está com ele para mostrar.
Seja ele atrativo pela tradição ou pelo sabor. E esses produtos variam de R$2 a R$100, pois vão desde um docinho até uma garrafa mais cara que os clientes levam para presente, especialmente se for um posto de rodovia. Existem postos que aproveitam deste atrativo e viram referência por ter produto regional.
Na semana passada estive em Pernambuco e “Santo Regionalismo!”. Abasteci em um posto que fazia tapioca de coco fresco ralado na hora com queijo coalho, um absurdo de gostosa, nunca mais vou esquecer. Voltei lá mesmo sem precisar abastecer só para comer a bendita tapioca, que além de deliciosa, acompanhava um atendimento todo especial próprio dos pernambucanos.