O mercado de postos de combustíveis é conhecido pela sua alta competitividade e sensibilidade a variações de preço. Por isso, a precificação do combustível é uma das decisões mais estratégicas para garantir a saúde financeira do seu negócio.
Mais do que simplesmente acompanhar a concorrência, definir o preço correto exige conhecer seus custos, entender o perfil dos clientes e reagir rápido às oscilações do mercado.
Este guia rápido vai te mostrar, de forma prática, como calcular a margem de lucro do posto de combustíveis, ajustar os preços com inteligência e justificar suas decisões com segurança. Acompanhe!
Por que a precificação do combustível é essencial para o sucesso do seu posto?
O preço do combustível costuma ser o primeiro fator que os consumidores avaliam na hora de escolher onde vão abastecer, o que já torna a precificação altamente relevante para o sucesso do seu posto. Porém, além disso, ela também impacta de forma direta diversos outros pontos, como:
- Lucratividade do posto;
- Fidelização dos clientes;
- Sua posição frente à concorrência.
Uma precificação mal feita pode significar prejuízo ou perda de competitividade. Já uma estratégia bem calculada permite margens saudáveis sem afastar o consumidor.
Confira também: Gestão de metas – o que é e como usá-la em um posto
5 fatores que você deve considerar para uma precificação inteligente
1. Custos operacionais do posto
Antes de definir o preço de venda, é essencial entender quais são os custos operacionais do seu posto. Eles se dividem em duas categorias: custos fixos e custos variáveis.
Os custos fixos são despesas que não mudam com o volume de vendas ou de combustível comercializado. Mesmo que o movimento do posto aumente ou diminua, esses valores continuam praticamente os mesmos.
Exemplos de custos fixos:
- Salários e encargos;
- Aluguel;
- Licenças e taxas obrigatórias;
- Seguro patrimonial.
Já os custos variáveis são proporcionais ao volume de vendas. Quanto mais litros vendidos, maior será esse tipo de custo, por exemplo.
Exemplos de custos variáveis:
- Energia elétrica;
- Comissões de frentistas por litro vendido;
- Desgaste de equipamentos;
- Taxas de cartão sobre as vendas.
Uma boa maneira de colocar em prática é criar uma planilha separando seus custos fixos e variáveis. Isso te dá mais controle na hora de definir a precificação do combustível e entender o número de vendas mínimas necessárias para cobrir os custos.
2. Preço de compra dos combustíveis
Analise o preço repassado pela distribuidora e os impostos incidentes, como ICMS, CIDE e PIS/Cofins.
O preço de compra representa a base da sua precificação. Sem conhecer bem essa etapa, você compromete toda a margem.
3. Concorrência local
Monitorar os preços praticados pelos postos próximos é essencial. Mas cuidado: baixar o preço sem considerar os custos operacionais pode corroer seu lucro.
O ideal é se posicionar estrategicamente, oferecendo diferenciais que vão além do valor, como atendimento, limpeza e um programa de fidelidade eficiente, por exemplo.
4. Perfil do cliente da sua região
O público do seu posto é sensível ao preço ou valoriza outros diferenciais, como uma conveniência de qualidade e um bom atendimento?
Conhecer o perfil do seu cliente é essencial, pois permite ajustar a precificação para atender suas expectativas, sem sacrificar sua rentabilidade.
Leia também: 5 dicas práticas para atrair clientes para seu Posto
5. Flutuações de mercado e sazonalidade
O mercado de combustíveis é fortemente influenciado por uma série de fatores tanto econômicos, como geopolíticos e logísticos. Alguns exemplos são:
- Cotações do barril de petróleo;
- Taxa de câmbio;
- Crises logísticas;
- Políticas públicas.
É importante ficar atento a esses fatores e revisar sua precificação com frequência. Sites como ANP e Petrobras ajudam a acompanhar tendências de preços e reajustes.
Como calcular a margem de lucro ideal para o seu posto?
A fórmula mais comum para calcular a margem bruta é: preço de venda – custo total = lucro bruto.
Em seguida, aplique a margem líquida: lucro bruto – despesas operacionais = lucro líquido. Confira abaixo um exemplo prático deste cálculo:
- Preço de compra do combustível: R$ 4,50;
- Custos operacionais por litro vendido: R$ 0,30;
- Margem desejada: R$ 0,40.
Preço mínimo de venda: R$ 4,50 + R$ 0,30 + R$ 0,40 = R$ 5,20.
Esse cálculo garante uma margem saudável e justifica sua precificação junto à liderança da rede.
Dicas para maximizar o lucro do posto sem perder competitividade
- Otimize custos: reveja contratos periodicamente e adote práticas econômicas, como manutenção preventiva e horários de uso inteligente da energia elétrica;
- Ofereça serviços agregados: loja de conveniência, lavagem, troca de óleo e check-ups rápidos, por exemplo. Eles ajudam a diversificar o público e atrair mais clientes para o seu posto;
- Implemente um programa de fidelidade: estratégia eficiente para aumentar o ticket médio por cliente, afinal, clientes fiéis compram mais e também voltam com maior frequência;
- Monitore KPIs: atente-se a números como vendas por bomba e turno, margem de lucro por tipo de combustível e ticket médio diário para entender como está o funcionamento do posto e se há algum setor que precisa de maior atenção.
Essas ações ajudam a aumentar a lucratividade mesmo sem alterar diretamente o preço do combustível.
Saiba mais: Como os especialistas podem potencializar as vendas e fidelização no seu posto.
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Dúvidas frequentes sobre precificação de combustível:
Como precificar combustível?
O mais comum é calcular primeiro a margem bruta (preço de venda – custo total) e em seguida a margem líquida (margem bruta – despesas operacionais) para, assim, chegar ao preço mínimo de venda.
É possível manter boa margem mesmo com preços competitivos?
Sim. Com gestão eficiente de custos e serviços agregados, como loja de conveniência e troca de óleo, é possível ter margens saudáveis sem perder clientes.
Quais fatores devo considerar para uma precificação inteligente?
Custos operacionais, preço de compra dos combustíveis, concorrência local, perfil do cliente e flutuação de mercado e sazonalidade.