Revendedores de combustíveis sabem que, independente do momento econômico do país, há uma verdadeira necessidade em elaborar um bom planejamento financeiro para postos de combustíveis.
A organização financeira é determinante para sustentar o posto quando a economia está em baixa e retrai o poder aquisitivo, e também para expandir o empreendimento em qualquer outra situação.
Por isso, para trabalhar de maneira efetiva e funcional os extremos do cenário econômico, trouxemos sete dicas de planejamento financeiro para postos de combustíveis. Acompanhe!
1. Invista no fluxo de caixa
O fluxo de caixa é aquele contínuo monitoramento de todas as movimentações (entradas e saídas) que ocorrem no posto.
Com ele, você tem em mãos diversas informações relevantes para expandir sua marca e planejar as próximas metas, como a lucratividade, mês após mês, ou mesmo quanto será necessário vender para manter estável a saúde financeira da empresa.
2. Separe as contas pessoais e empresariais
Equívoco muito presente em empresas de todos os segmentos ou portes, pois prejudica completamente o planejamento financeiro. Isso porque, ao quitar uma pendência pessoal com os recursos empresariais, você pode perder facilmente a clareza de quais débitos são decorrentes do seu posto e quais são despesas pessoais.
Para evitar esse tipo de situação indigesta para as finanças, crie contas separadas e, ainda, faça retiradas mensais como uma forma de salário. Assim, você sabe devidamente quanto foi retirado e para onde foram as quantias.
3. Detalhe o que procura no seu planejamento financeiro
Organizar o orçamento consiste também nos detalhes das transações para que você possa, entre outras ações:
- Definir a quantidade de gastos (fixos e variáveis).
- Avaliar o seu capital de giro.
- Identificar o Ponto de Equilíbrio.
- Identificar possibilidades de investimentos.
Assim, quanto mais detalhado estiver o seu planejamento, mais você terá controle sobre as situações cotidianas e, inclusive, facilidades para lidar com situações adversas — como uma manutenção imprevista nos tanques de armazenamento.
4. Calcule o seu capital de giro
A relevância do capital de giro (também conhecido como ativo circulante), se dá pelo fato de que ele é o valor que uma empresa possui para custear as despesas operacionais e, consequentemente, se manter ativa no mercado.
Para calculá-lo, é necessário saber o dinheiro que você tem à disposição e toda quantia pendente, como gastos fixos ou a prestação de um serviço. Isso permite que consiga suprir todas as necessidades do seu posto, gerindo-o com mais segurança.
Do contrário, quando o capital de giro é ignorado ou mal realizado, muito empreendedor se vê refém de empréstimos e outras alternativas emergenciais que só abalam a saúde financeira do negócio.
5. Tenha sob monitoramento as margens de contribuição, bruta e líquida
Um dos grandes indicadores para quem está em busca de um planejamento financeiro, a margem é fundamental para que você consiga analisar o desenvolvimento do seu posto e a atual situação. Antes, vamos entender cada uma delas.
Margem de contribuição
Ela representa o lucro da venda de cada produto ou serviço de seu posto, o que ajuda a calcular o necessário para cobrir os custos e despesas e, também, para gerar lucro.
Margem bruta
A margem bruta, por sua vez, é capaz de mensurar a rentabilidade do seu empreendimento a partir de sua porcentagem de lucro em cada venda.
Pense, como exemplo, em um serviço no qual você cobra R$ 50 para a sua realização, mas gasta R$ 30 para mantê-lo funcional. Assim, você recebe R$ 20 por serviço feito.
Isso é importante, pois permite que você avalie o que realmente traz retorno, podendo até mesmo identificar oportunidades para reduzir os custos — negociar melhores condições com os seus fornecedores, por exemplo.
Margem líquida
Temos, ainda, a margem líquida. Esse indicador é importante para o seu orçamento porque mostra o lucro líquido que sua empresa faz a cada real gasto.
Seu cálculo é muito simples, bastando dividir o lucro líquido (por exemplo: R$ 4.000) pela receita total (R$ 15 mil, apenas para ilustrar) e multiplicar esse valor por 100.
Com isso, você descobre que, a cada R$ 100 em vendas, seu posto de combustíveis lucra R$26.
6. Conheça o nível de inadimplência em seu Posto
Todo empreendedor deve ter calafrios só em ouvir essa palavra, que significa o quanto os seus clientes e fornecedores deixam de honrar os seus compromissos.
Consequentemente, quanto maior o nível de inadimplência em seu posto, maior será o risco de lidar com os custos fixos e variáveis em seu estabelecimento — o que pode levar ao extremo de ter que fechar as portas indefinidamente.
Por isso, um bom planejamento financeiro concentra esse índice ao alcance dos olhos, pois a inadimplência (que é usualmente considerada a clientes que estão entre 90 e 180 dias em atraso) interfere diretamente em suas previsões.
Ao saber a quantia — e o período em atraso de cada um — você entende melhor quando cobrar e como lidar com as contas sem os devidos valores dos inadimplentes.
7. Trabalhe com um prazo médio de pagamento
Trata-se do período médio entre a data de uma compra e o seu pagamento. Assim, fica mais fácil equilibrar o seu fluxo de caixa e identificar todo tipo de necessidade para manter a empresa sem pendências financeiras.
Aqui, mais uma vez, mostra-se necessária a boa relação com os fornecedores, pois prazos flexíveis contribuem para um planejamento muito mais eficaz e não apenas no curto prazo.
Invista na organização financeira
Com as nossas dicas de planejamento financeiro para postos de combustíveis — e estratégias para reter a clientela, como um eficiente programa de fidelidade — fica mais fácil compreender a relevância de manter as contas sob contínuo acompanhamento, não é verdade?
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